18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Por: Ana Paula Germani Andrade – Psicóloga CRAS Papanduva.

As violências sexuais praticadas contra crianças e adolescentes podem se manifestar de diversas formas, onde o abuso sexual dentro da própria família e a exploração sexual para fins comerciais, como a prostituição, a pornografia e o tráfico, são suas formas mais comuns. Todas as expressões deste tipo de violência constituem crime e são, sem dúvida, cruéis violações dos direitos humanos, além de resultar em danos irreparáveis para o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social das crianças e dos adolescentes.

O Dia 18 de maio foi escolhido como Dia Nacional em Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes por ter sido este o dia no ano de 1973 em que a menina Aracelli, com oito anos de idade foi raptada, drogada, violentada, espancada e assassinada. Seu corpo foi encontrado dias depois, em avançado estado de decomposição e desfigurado por ácido para evitar o reconhecimento. Até hoje os culpados não foram punidos. Então, para que Aracelli não fosse esquecida, esta data foi escolhida, após a Lei n° 9.970, de 17 de maio de 2000, por iniciativa da então deputada Rita Camata (PMDB/ES), presidente da Frente Parlamentar pela Criança e Adolescente do Congresso Nacional.

Por isso, quando desconfiar que uma criança sofreu ou sofre algum tipo de abuso ou exploração sexual, é preciso agir rápido. A primeira coisa a fazer, é investigar. Mesmo que as suspeitas sejam vagas, é importante conferir se elas têm ou não fundamento. Existem alguns sinais físicos e de comportamento que mostram quando uma criança pode estar sofrendo algum tipo de abuso sexual, no entanto, nenhum dos indicadores abaixo pode ser definidor de abuso sexual, mas, quanto mais sinais houver, ou parecerem inapropriados para a idade, maior serão as suspeitas:

  • Roupas rasgadas ou manchadas de sangue;
  • Erupções na pele, vômitos e dores de cabeça sem qualquer explicação médica;
  • Dificuldade em caminhar;
  • Apresenta nas áreas genitais ou anais: dor, inchaço, lesão ou sangramento;
  • Infecção urinária;
  • Secreções vaginais ou penianas;
  • Doenças sexualmente transmissíveis;
  • Autoflagelação
  • Distúrbios no sono (medo do escuro, suores, gritos ou agitação noturna, sonolência, pesadelos freqüentes);
  • Distúrbios no aprendizado;
  • Comportamento passou a ser muito agressivo, apático ou isolado, com alternância de humor;
  • Enurese noturna (urinar na cama);
  • Masturbação visível e contínua, brincadeiras sexuais agressivas;
  • Relutância em voltar para casa ou Fugas de casa;
  • Faltar freqüentemente à escola;
  • Não participar de atividades escolares e ter poucos amigos;
  • Não confiar em adultos, principalmente aqueles que lhe são próximos;
  • Ideias e tentativas de suicídio;
  • Dificuldades de concentração;
  • Hiperatividade;
  • Comportamento rebelde;
  • Alega ter sido molestada(o) sexualmente por parente ou responsável.
  • Tristeza e abatimento profundo;
  • Regressão a um comportamento muito infantil;
  • Comportamento sexualmente explicito (ao brincar ela demonstra conhecimentos impróprios para a idade);
  • Falta de apetite;

Confirmada a violência, não se pode perder tempo, deve-se denunciar. A denúncia é outro ponto importantíssimo. Grave como a violência, é silêncio que cerca essa situação e que constitui em nova forma de violação de suas vítimas. A responsabilidade por cuidar de nossas crianças é de toda a sociedade, portanto, não tenha medo, denuncie e colabore com a vida destas crianças e adolescentes vítimas de algum tipo de abuso sexual.

 Onde denunciar??

Conselho Tutelar: 3653-1213- (plantão) 8845-6227

Disque 100