A Campanha Janeiro Branco pode ajudar o mundo a ser um lugar melhor

Em janeiro, celebra-se no Brasil a Campanha Janeiro Branco, dedicada a convidar as pessoas a pensarem sobre suas vidas, o sentido e o propósito da sua existência, a qualidade dos seus relacionamentos e o quanto elas conhecem sobre si mesmas, suas emoções, seus pensamentos e sobre os seus comportamentos.

Uma Campanha que, por meio dela em todo o Brasil e em outros países, cidadãos, psicólogos e demais profissionais (da saúde ou não), estão se mobilizando para levar mensagens e reflexões aos indivíduos e às instituições.

Segundo os profissionais habilitados em cuidar da saúde mental do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS de Papanduva, desde a infância, temos exames obrigatórios, campanhas de vacinação, acompanhamentos médicos regulares e outras medidas preventivas para assegurar nossa saúde. Mas essa saúde frequentemente se restringe ao físico e negligencia nossos aspectos emocionais, relacionados à saúde mental. “Uma criança é ensinada a lavar as mãos antes das refeições, mas não é encorajada a falar por que quis bater no coleguinha da escola. Um jovem é tratado de uma gastrite durante o pré-vestibular, mas não tem o mesmo estímulo a buscar ajuda por estar pensando em se matar“; comenta a psicóloga na instituição.

Falar de saúde mental, é portanto, falar de dia-a-dia, de convivência. É falar de normalidade, mesmo quando tudo parece sugerir loucura. É sustentar as contradições humanas da maneira como aparecem – desconcertantes, sem aviso prévio, sem compreensão imediata. É respeitar os sujeitos pela história particular de cada um, e pensar que cada um enfrenta batalhas muito particulares na vida, recorrendo a diferentes ferramentas. É acolher em vez de excluir.

 Ainda se tem muito preconceito em falar de saúde mental, de conviver com pessoas portadoras de sofrimento psíquico, nesses casos a tendência é esconder ou ignorar o problema, inclusive dentro da família. Neste silêncio, casos se agravam e pessoas deixam de buscar ajuda.

Porque há sofrimentos que podem ser prevenidos. Dores que podem ser evitadas. Violências que podem ser impedidas, cuidadas ou reparadas. Vidas podem ser salvas. Exemplos que podem ser partilhados. Ensinamentos que podem ser difundidos em nome de pessoas mais saudáveis psiquicamente e emocionalmente.

 

 

Texto: Caps de Papanduva e Associação Papanduvense de Saúde Mental

 

Fonte: http://janeirobranco.com.br/projeto-janeiro-branco/

https://drive.google.com/drive/folders/1PHJTi37cBLyNsCXzgysIJ04-40H6_qAl